Protestos no Porto acusam <br>política de transportes

«O Governo continua, com a sua política, a penalizar quem mais precisa, pondo a componente económica à frente da componente social, negando o direito aos transportes das populações e isolando as mesmas, provocando situações de insegurança, em vez de cumprir com as suas obrigações e entregar à empresa as indemnizações compensatórias a que esta tem direito» – acusa a Festru/CGTP-IN, numa carta enviada, na semana passada, às juntas e assembleias das freguesias afectadas pela reestruturação que a STCP pôs em prática a 1 de Janeiro.
A federação, solidarizando-se com os protestos levados a cabo pelos utentes, afirma que a reestruturação, feita pela administração da empresa respeitando as orientações do Governo, «penaliza fortemente todos quantos trabalham, vivem e estudam no Porto», com aumento de preços, retirada de carreiras, aumento de transbordos, alterações de horários e cortes nos percursos, enquanto aos trabalhadores pretendem impor mais precariedade, redução de salários e diminuição de postos de trabalho.
Saudando as acções de luta dos utentes, com destaque para a que teve lugar dia 4, na Avenida dos Aliados, a Direcção da Organização Regional do Porto do PCP salientou que o protesto popular «começa a obrigar a importantes cedências» da administração da STCP. Os comunistas criticam, em nota à comunicação social, divulgada dia 5, o silêncio da maioria PSD/PS, na Junta Metropolitana do Porto, e do presidente desta, Rui Rio, lembrando que a JMP e as autarquias onde os problemas se agudizaram «têm enormes responsabilidades na actual situação».
Na segunda-feira, à saída de uma reunião com a administração da STCP, Honório Novo apontou a diminuição das indemnizações compensatórias à empresa, por parte do Governo, como «uma razão clara» para os problemas surgidos na oferta de transportes.


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